Sabe? Aquelas flores que você botou lá dentro?
Dentre as páginas de um velho sentimento?
Chamado caderno, que fez, com que elas, murchassem
Sabe? Aquela estrada longa, extensa tem um nome
Ela se chama sonho e eu sei onde se esconde
Ela partiu, se escafedeu, dentro de mim
Sabe? Toda criança tem o poder de mudar o mundo
Você sabia e eu também e todos nós
Desaprendemos, murchamos, como as flores
Sabe? Todos os discos que você gosta de ouvir?
Tem milhares e milhares de pessoas por aí
Que também ouvem, e ainda mais, sorri
Quem já tomou uma caneca da água da fonte?
Quem já saiu tocando violão de fronte
A multidão, que quis te ver parar!
Mas não parou, levantou, e sorriu
Sabe? Cada beijo se tornou um velho verso
E cada tarde fria se traçou um gesso
Que soldou, consertou, meu coração
Sabe? As lembranças dos amigos pelas ruas?
A leveza da verdade nua e crua
Se soltou, o tempo passou, e não voltou
Sabe? Quando a escuridão da noite me amedrontava?
E eu me escondia sobre a cama e não olhava
Que lá de cima, milhões de estrelas
Me zelou