Rapers Mcs - Passando Um Dia Comigo Na Casa de Detensão Lyrics

Hum! Se a vida é sofrida como eu estou vendo aqui,
Eu prefiro me jogar sei lá sair,
Para um lugar melhó,
Onde não haja pedra e pó,
Pois eu peço ao meu senhor,
Que ilumine por favor,
As grades são minha melhor visão,
Aqui é o chamado mundo cão,
Onde quem sobrevive é o mais forte,
Ou aquele que dá o bote,
Como uma cascavel,
Pronta para te envenenar, blau,
Pois aqui não é o céu,
E eu te meu irmão,
Para sair daqui só num caixão,
E sem ninguém de luto,
Apenas mais um defunto,
Um indigente sem nome e sem perspectiva de vida e um futuro,
As grades se contrastam com os murros,
A saudade bate forte no peito,
Nem as fotos dão um jeito,
Na parede os riscos que eu conto quantos dias estou aqui dentro,
Já estão chegando na cama de um outro detento,
Que já cansou de contar e já devia sair e pra que ?
Os presidiários só saem pra matar ou morrer,
Emprego dificilmente se arruma em qualquer lugar,
( Ih! Esse já foi presidiário ), ( Ih! manda andar ),
e assim prossegue,
passando um dia comigo na Casa de Detenção esse é o Rap,
Rap Nacional realidade dura,
E mais fumando crack no meio da rua,
Viajando no mundo da lua,
Sem sair do lugar,
Que porra de vida onde eu vim parar,
Ai fora tá pior que aqui,
Eu esses dias desisti até de fugir,
Aqui ninguém é alienado,
Todo mundo é racional você tá ligado,
Que é foda viver aqui neste lugar,
As vezes tenho vontade de me jogar,
Más eu me lembro como está ai fora,
Crianças sem incentivo cheiram cola,
E não querem ir para escola,
E os que vão, vão só para comer,
Porque sem essa comida não haveria como sobreviver,
E assim segue a periferia,
A cada dia, e como se não podia,
E como eu vim parar aqui eu conto meu irmão,
Depois dessa parte depois do refrão.

" ( Cadeia um cômodo do inferno ) "
várias histórias de vida ouvi,
" ( seja no outono ou no inverno ) "
más fugir, não dá daqui,

É, é embaçado,
No assalto há um banco fui sentenciado,
Vinte anos sei lá,
Eu prefiro nem contar,
Estava lá eu e meu parceiro,
Bebendo sangue no banco no centro da cidade,
Eu e meu mano, perdi minha liberdade,
Ou fui eu, ou foi ele que marcou,
Ai bateu policia, pou, pou, pou,
Mão no camburão e várias cacetadas,
E eu não podia fazer nada,
Eu estava errado e não minto,
Lá dentro eu derrubei cinco,
Más... eu não queria esse futuro pra mim,
Cadeia, caixão o meu fim,
Só estou vivo porque sei conduzir,
Já fiz rebelião e tentei fugir,
Mando um beijo para minha filha,
Meu irmão, meu pai em fim, minha família,
Que todos vivam em paz até eu voltar,
Isso só se alguém aqui não me matar,
Más para me matar tem que ser ligeiro,
A qualquer movimento eu to cabreiro,
Seja de uma agulha caindo no chão,
Ou de um mano entupindo o cano do cão,
Aqui não tem incentivo aos presidiários,
Os únicos que vem aqui são familiares ou missionários,
E eu tenho só o meu toca fitas velho e acabado,
Eu curto um som para ficar irrado,
Um Rap Nacional que é a nossa vida em versos,
Sejam eles sangrentos ou diversos,
O Rap é uma forma de se expressar,
Para o mundo mostrar,
Do que nós somos capazes,
Eu não tenho o meu rosto em cartazes,
De propaganda de rádio ou de TV,
Que na maioria só passam merda para você...
" ( Cadeia um cômodo do inferno ) "
várias histórias de vida ouvi,
" ( seja no outono ou no inverno ) "
más fugir daqui, não dá, ai,
E tem muito mais e não são apenas,
Vamos ver a revisão de penas,
Muitos que eram para sair e encontrar sua família,
Continuam seguindo nessa trilha,
Aqui muitos anos para passar,
E quando sair quem vai ajudar ?
Essa pergunta fica no ar,
Até um brasileiro prisioneiro extraditado Estados Unidos coisas erradas que ele fez por lá,
Vem para o Brasil e já tem serviço garantido e casa para morar,
E é por isso que eu fico indignado,
E até disseram que ele era um drogado,
Se errou pague por esse erro,
Se não pagar é só enterro,
Morô na idéia mano,
Minha revolução não é com o cano,
É com as palavras e versos realistas,
Más não queira fazer parte da lista,
De prisioneiros presidiários atuais,
Faça algo de bom orgulhe os seus pais,
Doe algo para um instituição de caridade não seja um otário,
Faça um trabalho voluntário,
E chame os outros aliados da quebrada,
E assim ajudaremos a criançada,
Esse é o recado que eu mando para os mano e mina,
Não entrem no embalo do crime, da cocaína,
Porque nesse mundão tem tanta coisa boa,
Não meter o cano na boca de qualquer pessoa,
Ajude um moleque que está no sinal,
Implorando por uma nota de real,
Que tem no corpo várias feridas,
Que foram adquiridas, neste seu pouco tempo de vida,
E quem lhe dá essas são seus pais,
Irresponsáveis e muito mais,
Que deixam o moleque crescer na rua sem assistência e um lar,
E o seu futuro é previsível roubar, furtar,
Nas lojas e na estação tubo do ligeirinho,
Para sobreviver ele vive calmo e de cantinho,
E dorme coberto por um papelão,
Que lhe aquece e não tem um pão,
E tem um look duns boy que cospem no moleque na caçada,
E isso porque ele não fez nada,
E segue assim em qualquer quebrada,
Eu não vejo mais essas cenas que eu via,
Eu só ouço no meu rádinho de pilha,
Noticias que me deixam mais indignado do eu estou,
Quando eu sair vou pou, pou, pou,
Só que só em versos e em forma de ajuda comunitária,
Os moleques que estão nesta faixa etária,

( Cadeia um cômodo do inferno )
várias histórias de vida ouvi,
( seja no outono ou no inverno )
más fugir, não dá daqui,
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