Será que pode o mau odor virar perfume?
O verde da planta fica belo com ajuda do estrume
Quem é que assume não investir cuida do que planta
Vira costume em vez da calçada pisar na grama
Cuidar do o Pai criou e ver a praga comer
molhar o que de Deus brotou Deixar secar e morrer
apodrecer o melhor que o Criador fez
acender a luz do dia ou fazer anoitecer de vez
todos comem o joio e pisoteiam o trigo
dando valor ao fosco que o precioso brilho
não semeiam e querem colher
comem o que não mereciam
não regam e querem ver crescer
matam de sede a vida
ainda o que planta vento vai colher tempestade
dando tempo ao tempo corajoso é covarde
lei da semeadura que se cumpre é infalível
bumerangue que faz a curva e vem com a visita invisível
apagaram a luz de quem se destacou na família
puseram um Brilho na cruz, cobriram de trevas o dia
escurecem o claro, apodrecem o maduro
faz quem é calmo bravo, suja o menino puro
tem gente matando o enfermo ao em vez de curá-lo
o crente aceitando demônio ao em vez de expulsa-lo
usam a fé pra cobrar o que de graça recebeu de Deus
alguns ressuscitando ator que nunca morreu
o que roubou perdeu, o que perdeu foi roubado,
o que roubou cedeu no assalto a vida ao diabo
o choro que não passa a noite permaneceu no dia
o dor que ficou do acoite a foice cortou a alegria
assassinos de talentos, maldição de abençoados,
caçadores de vento, destruidores de vocacionados
pragas da plantação, serpente no jardim perfeito
matam e arrancam as pétalas da flor que nasceu no gueto
não deixe a flor que nasceu no gueto morrer
porque se você deixar a flor pode murchar e você perder o Deus te deu,
talento não é estacionamento, mesmo você sendo falho e deixado não está isento
daquilo que Deus deu pode ser que o seu seja um guia para o grande mundo que se perdeu
a mãe gerou sem amor e doou o filho ao traficante
o pai que o rejeitou o apelidou de meliante
o diamante ninguém acredita que vem de pedras
mas do chão que se retiram o ouro mais fazem a fonte jorrar terra
perolas que dão a porcos, fazem de vivos, mortos
só tem valor os pequenos corpos, trocam taças por copos
fortes pra julgar e fracos pra absolver
sábios em desacreditar e burros demais pra crer
rápidos pra perder e lentos pra poder ganhar
ricos pra receber e miseráveis em querer dar
cegos recusam visão, sujos não querem limpeza
limpo na podridão, pobre rejeita melhor riqueza
o Caim que se revoltou e matou o irmão por inveja
o anjo que se rebelou e foi lançado pra terra
agora maldita é ela porque Adão desobedeceu
mas a obediência de Cristo pela morte a vida nos deu
ouvimos de Nazaré pode vir algo que preste
e vimos saindo de lá nosso Salvador e Mestre
o pequeno que não deram valor dói quem derrubou o gigante
chegou a governador o sonhador que era insignificante
o ignorante foi quem edificou a igreja
o Sansão que prosperou e tirou força da fraqueza
o metalúrgico pobre que estudou e foi presidente
o favelado fez faculdade passou e foi competente
a vadia se converteu, o muleque de rua virou doutor
o viciado o vicio venceu, o ex-ladrão de banco é pastor
o Mané que subiu na vida, o esperto foi roubar e morreu
o pai que traiu a família, o trabalhador acreditou e venceu
quem morria de medo agora tem a vida eterna
crê em Deus não mas na morte, tem porte de quem prospera
não deixo a flor do gueto morrer mude o proceder
faz crescer pra fazer crer, quem morreu vive
não deixe a flor que nasceu no gueto morrer
porque se você deixar a flor pode murchar e você perder o Deus te deu,
talento não é estacionamento, mesmo você sendo falho e deixado não está isento
daquilo que Deus deu pode ser que o seu seja um guia para o grande mundo que se perdeu