Vem a milonga me torear de novo
Pois tenho o vício de ter-te ao costado
De andar contigo pela madrugada
Quatro por quatro e o bordão pesado.
Tu tens a cara do meu velho mango,
Que quando quieto, não aperta ninguém,
Mas quando canta se retova o vento,
E é por vezes milonga também.
Se tenho cismas de seguir potreando,
Tu me amadrinhas nalguma refrega,
Lembro da tropa do tio Anastácio,
E um moro pampa que domei pras festas.
Pois no ofício, domador, tropeiro,
Muita milonga eu amanunciei,
Nas descansadas entre um mate e outro,
"Floxando" o corpo, lembrando de alguém.