Correr pra que, se o caminho é circular?
Fugir pra cair, sempre no mesmo lugar
Não mais
Sinto o vazio debaixo do meu lençol
Me sinto cada vez mais frio
Quanto mais me aproximo do sol
As quedas e o tempo acrescem-me experiência
Crescido, agora sou pura vivência
Sou peixe que não morde anzol
Gastando vida a vagar
Nessa caótica, auto-predatória civilização
Parada no meio do espaço
Feito um iceberg a se derreter num vulcão
As mentiras, as traições
Separam os meus dos maus
Me disseram que por tradição
As perdas são inevitáveis
Que agora há cura pra todo mal
Bombas atômicas portáteis
Verdades tão voláteis pra construir nossa destruição
Ideias tão vazias, mas cheias de contradição