Estou chorando como chora uma criança
Ela não deu esperança me tratou com ingratidão
Por causa dela eu passo a noite no boteco
Ainda vai dar um treco no meu velho coração
Bebo de dia antes do almoço e na janta
Pra aguentar toda a retranca bebo quase um garrafão
Bebo na xícara na tigela, da branquinha e da amarela
Chego até a rolar no chão
E minha vida transformou numa tranqueira
Eu devo na vila inteira ninguém mais me vende fiado
Devo no açougue, na quitanda e na farmácia
Até na igreja da praça tô devendo uns trocado
Agora sim tô casado com a manoela
Tem uma perna de pau, é banguela e magricela
Eu quero ver quem que rouba essa boneca
Nem que o mundo leve a breca eu fico agarrado nela