Quem sou eu?
Quero meu cocar
Cunhatã, curumim foi chamar
Vou contar tudo que vivi
Meu paraíso é o tuiuti
Meu coração aventureiro
Num doce encanto navegou
Meu sonho, meu destino el dourado
E desse lado não há pecado
Tô nem aí se o bicho vai pegar
Por essas terras a minha vida mudou
Virei a caça e o índio caçador
A comida chegou, o cacique gritou
Tem festa na aldeia!
Meu futuro? Não sei, nunca imaginei
Sou banquete na na ceia
Meus olhos além do medo
Passeiam pelos rituais
As danças, costumes, segredos
Histórias que não esqueço mais
A sorte ao sabor do vento
Corsário da liberdade
Da fome dos nativos me livrei
Salvando o sentimento mais profundo
Eternizei o que passei
Fui devorado pelo mundo