MEU CAVALO MARCHADOR , O MEU LENÃO O TIRADOR, A ESTAMPA BRUTA DO RIO GRANDE
UMA BOMBAICHA DE FAVO , DE UM PANO DA FRONTEIRA , NA CINTURA A CARNEADEIRA , NUNCA MANCHADA DE SANGUE
NAS CADEIRAS DO CAVALO , ENCOSTADO NAS ENCÃLIAS , MEU LAÃO DE 12 BRAÃAS
MEU CAPÃUZITO SURRADO , BARBICACHO BEM TRANÃADO , PALANQUEANDO AS INVERNADAS
UMA BÃTA BEM TORNEADA , NA GARUPA A XINA AMADA , CAVALGANDO A TARDINHA
NO MATEAR DE FIM DE TARDE , CUIA GRANDE , ERVA BUENA , JUJADA DE CARQUEJINHA
ESTE Ã O MEU RIO GRANDE TCHÃ ,TERRA ONDE EU NASCI
ESTA QUERÃNCIA , DOS MEUS TEMPOS DE GURÃ
UMA PANELA DE BÃIA , PODE SER UM CARRETEIRO , NO ACONCHEGO DO GALPÃO
ESPINHAÃO DE CORDEIRO ,ESPETADO A MODA ANTIGA , UM BRAZEDO PELO CHÃO
RODA O MATE , RODA A CANHA , UM TAURA DECLAMA UM VERÃO NO PONTEAR DO VIOLÃO
UMA CORDEONA CHORONA ,E A PRENDA SARANDEIA REVIVENDO A TRADIÃÃO
CONTO UM CAUSO , PROS PIÃS DAQUELES DE ANTIGAMENTE QUE MEU AVÃ ME CONTOU
BUENO Ã VER A GURIZADA , SAPATEANDO NO TERREIRO , FICO LOUCO DE FACEIRO, NESTE CHÃO QUE ME CRIOU
Otoniel Da Silveira .....