Eu olho praquela mulher
Parada na minha frente
Olho pra sua boca, pro seu sorriso
Olho pros seus dentes
Eu olho praquela mulher
Que está ali sentada
Não vira, não pisca, não fala, fica calada
Não fala nada
Porque será, que os mortos não falam?
Será que eles ouvem e apenas se calam?
Porque será, que eles não se movem?
Será que eles ouvem? Porque tanto dormem?
Eu olho praquela mulher
Parada na minha frente
Parece ser tão vivida
Parece ser tão experiente
Eu olho praquela mulher
Que está ali me olhando
Parece ser tão tranqüila
No que será que ela está pensando?
Porque será, que os mortos não falam?
Será que eles ouvem e apenas se calam?
Porque será, que eles não se movem?
Será que eles ouvem? Porque tanto dormem?
Então eu balanço seu rosto: ele cai
Balanço de um lado pro outro: ele vai
E quando eu levanto seu corpo: ele cai
Não quer responder
Então eu balanço seu rosto: ele cai
Balanço de um lado pro outro: ele vai
E quando eu levanto seu corpo: ele cai
Não quer mais viver
Eu olho praquela mulher
E sinto um cheiro de flores
Deve ser dos amigos, parentes
Dos seus amores
Eu olho praquela mulher
Parece ser tão disposta
Deve ser tão ativa
Nem parece que ela está morta
Porque será, que os mortos não falam?
Será que eles ouvem e apenas se calam?
Porque será, que eles não se movem?
Será que eles ouvem? Porque tanto dormem?
Então eu balanço seu rosto: ele cai
Balanço de um lado pro outro: ele vai
E quando eu levanto seu corpo: ele cai
Não quer responder
Então eu balanço seu rosto: ele cai
Balanço de um lado pro outro: ele vai
E quando eu levanto seu corpo: ele cai
Não quer mais viver