Quando eu me chego num surungo de galpão
Vou preparado até pra receber carão
Boleio a perna com licença do patrão
Entro na sala e não perco um vanerão
Mais assanhado do que lambari de sanga
Mas no meio de estranho sou manso igual boi de canga
De vez enquando biqueio uma canjebrina
E só num piscar de olho fico rodeado de china
Tem china linda como tem barbado feio
Mas nesta hora só importa o sarandeio
A gaita chora e o violão faz o ponteio
E lá na rua o meu cavalo masca o freio
Mas assanhado do que lambari de sanga......
De madrugada enfraquece o candieiro
No lusque fusque vale tudo no entreveiro
Quem não dançou volta pro rancho solteiro
Arrependido e a guaiaca sem dinheiro