João campeiro, João campeiro
É como um grito, de reponte que levasse
Um boi na tropa e não o homem que foi João
E no entretanto no repente deste grito
O João campeiro vai sumindo, já se foi
Ele que outrora repontava o boi na estrada
Vai ao reponte estrada afora igual ao boi
(Ninguém tem culpa João, ninguém
Ninguém tem culpa João ninguém
Teria que ser assim, tudo que nasce um dia tem fim)
Semente boa que deu flor e que deu fruto
Planta no campo que deu sombra e que há de dar
O derradeiro galho seco para o fogo
Onde o João novo que nasceu vai se aquentar