Beata Maria, eu sou um homem justo e bom
E por isso posso me orgulhar
Beata Maria, sei que é mais puro o meu tom
Do que a plebe fraca e tão vulgar
Me diga, Maria, por que eu a vi dançar?
Por que seu olhar me incendiou?
Eu sinto, eu vejo, os seus cabelos a brilhar
Foi essa chama que me abraçou
Qual fogo, do inferno
Tal fogo arde em mim
Desejo eterno, do mal é o estopim
Não é a mim a quem culpar
Foi a cigana bruxa a me enfeitiçar
Não foi por mim que afinal
Deus fez o homem bem mais fraco do que o mal
Me salve, Maria
Não deixe que ela lance mão
Do mal que me consome em seu ardor
Destrua Esmeralda, que ela queime em aflição
Ou seja meu, só meu, o seu amor
Soldado - Ministro Frollo, a cigana fugiu!
Frollo - O quê?
Soldado - Ela não está na catedral, sumiu!
Frollo - Mas como? Deixe pra lá. Saia idiota. Vou achá-la, vou achá-la, nem que tenha que incendiar toda Paris!)
Cigana do inferno, você vai escolher
Meu beijo tão terno, ou no inferno arder
Piedade dela... Piedade de mim...