A outra dela mora dentro do espelho
E eu procuro minha imagem perdida por lá
Parece que fizemos as pessoas desaparecerem
E só sobrou a gente do lado de cá
Chega uma hora que o corpo pede pra parar
Mas a gente ainda resiste a alguns espasmos de alegria
De dentro do paço eu perco o compasso do coração
E vejo pequenos momentos provocarem o dobro de ilusão
Pequenos momentos provocam o dobro de solidão
Pequenos momentos
Voz brilhante do meu quarto calado
Voz de fera do "eu" quase fechado
Vocifero a luz do corpo dela
E é só isso
Voz pedante do teu peito arisco
Vou a pé ante o eixo torto e assisto
Do amante sua vida vazante naufraga meu Sol