Vamos deitar sobre a fogueira das vaidades
Dormir em cima de cacos de vidro
Respirar ar puro dentro de outros mares
Ficar deslizando pelas paredes
Vamos enxergar o futuro em nossos olhos
Cuspir um dia qualquer o futuro
Entregar o nosso ouro aos poderosos
E enriquecer a nossa mente com mentiras
Vamos maltratar o nosso coração
Espesinhar os sentimentos que temos
Mentir para quem nos quer bem
E dizer a verdade àqueles que ão ligam
Vamos ficar submersos em água quente
Quebrar todos os laços de amizade
Chamar nossos amigos de impostores
E chamar os impostores de amigos
Vamos buscar alucinações coletivas
No fim só nos resta brincar de viver
Viver é uma arte criada por artistas
Artistas que ão sabem ler e nem escrever
Vamos pôr um fim à religião
Somos todos ateus, ateus que fingem acreditar
Só acreditamos em nós mesmos
Vamos os esconder em cobertas de areia
Vamos ser um enigma para a humanidade
Fazê-los acreditar que somos a revolução
Vamos morrer para todo o mundo
Nos tornarmos uma lenda para os infiéis
E antes do fim invente um enigma
E tente então os decifrar
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