Num país maravilhoso de riquezas naturais
- Do futebol, amazônia, alegria, carnavais -
Apelido é o que não falta, ouvindo chega “dá gosto”,
Mas também dá pra “chamá” de “país rei do imposto”!
Quando penso nos “tributo” me bate a desolação
- Não perdoam nem o leite e muito menos o pão,
Até a “bóia” mais simples, que é arroz com feijão
Não escapa do imposto, nem da tal “contribuição”.
No biscoito, no barbante, no “flites” e no sabão,
Tem imposto embutido no velho “mate leão”,
No polvilho, creme rinse, no sagu e coristina,
No sal de fruta e fermento, na canjica e “canjibrina”.
Refrão:
Se apertarem mais um pouco eu acho que não aturo
- É tudo abaixo de cifra, é juro em cima de juro!
Num país que é tão rico chega até dá um desgosto
Te pergunto, meu amigo: Mas por que tanto imposto?
No “pano de secá louça” – aqueles com calendário –
No chambre da “muié véia”, no meu pobre escapulário,
No farelo dos meus “pinto”, graxa patente e no sal,
No arame liso e farpado, que cerca meu mandiocal.
Não tem perdão e nem choro – o imposto pega “pareio” –
E os “home” que fazem as “lei” não ficam “sequé vermeio”.
Dinheiro tem “de punhado” (e te digo: Não é pouco!)
Os “grande” ficam com o lucro e o pobre fica com o troco!