A maré seca chegou não adianta mais
A rebordosa te atingiu você ficou para trás
Quem lhe cobria já sumiu, não há surpresa
A recompensa ninguém viu, virou uma lenda
Se as promessas enchessem a barriga de um cidadão
Não haveria problema de subnutrição
Ganhar no mole foi assinar a sua sentença
O banco dos réus foi mera inconveniência
A certeza de que nem todo crime é organizado
Mas todo preto e pobre é discriminado
Mas o boyzinho loiro e rico daquela esquina
Puxa o carro pago o vício na frente da polícia
Cidadão dito honesto, capacho atesto, sistema funesto, celeiro da destruição
Corrompe a alma, ilude, acalma, no bolso uma arma na frente a dominação
Furado no olho para a trilha não ver
Manipulada a mente para compreender
Que o certo é errado para sobreviver
Encorajado o otário terá que morrer
Encorajado ao planalto para aparecer
Trata a vida ao descaso irá se fuder
Apesar de estar no alto, enganação
Sua visão é a omissão
A corrente é forte
Testa sua sorte
Apressa a morte
O que te faz sofrer
Te faz de ponte
Te pisa aos montes
Mas segue o bonde
Cadê você?
Se o seu mar não tem mais cheia, se arrependeu
Mas põe em risco a vida alheia em prol do seu
Alimentando uma cadeia de ligação
Imensa network movendo papel
Cidadão dito honesto, capacho atesto, sistema funesto, celeiro da destruição
Corrompe a alma, ilude, acalma, no bolso uma arma na frente a dominação