Agora os dias acabam mais cedo
Sob o céu de cinzas que a gente criou.
Ninguém mais caminha, o mundo só corre
Atrás de um tempo que a tempo passou.
Diante do espelho somos diferentes,
Mas em nossa essência nós somos iguais.
O que é diferença se torna riqueza
Que quem não respeita não pode enxergar.
Agora a cidade é um campo de guerra,
Batalha perdida, mas sem vencedor.
Crianças adultas, adultos covardes
Seguindo miragens, fugindo do amor.
O choro da mãe que só o acaso escuta
E o grito em silêncio de um povo infeliz,
Que manipulado, deixado de lado,
Se rende ao cansaço e aceita servir.
Nós não queremos só esperança,
Queremos confiança pra poder acreditar
Que existe mesmo uma mudança,
Falar não é fazer, só prometer não vai mudar.
Sim, nos somos simples cidadãos,
Armados de palavras, na certeza de vencer.
Não queremos a “revolução”
Somente igualdade e o direito de viver… em paz!
Nós precisamos da esperança
Que só a confiança é capaz de nos mostrar.
Não, não há progresso sem mudança,
O tempo tem seu peso e a verdade surgirá.
Sim, nos somos simples cidadãos,
Armados de palavras, na certeza de vencer.
Não queremos sangue em nossas mãos.
Somente igualdade e o direito que o dever nos dá.