Quem há de ver em mim talismã,
não há de ter em si culpa vã.
O olhar perdido, o rosto beija o chão
Inerte o corpo, roto, morto, rotulado
que não haverá de retornar ao lar
Nem ver a quem amava ou ter a quem amar
É tudo tão cinza, mal posso ver
Se estou perto do fim
É tudo tão cinza, não posso saber
O que resta de mim
Deixa passar, a fúria da devastação
A vida desse teu irmão já vai findar.
Deixa passar...
É, mais um dia acabou, mais um grito de dor...
Ficou no ar! (2x)
Alto no céu como num olhar
Fecha-se o véu do horizonte
Vejo o sol longe a brilhar
Alto no céu, tão distante!