A chuva que cai fina
Aquece minha alma
Que caminha por essa boulevard das ilusões...
Eu não consigo ler nos corações a amargura
Dos poetas vencidos
Vagabundos perdidos
Caminhando bêbados ou drogados
Pelos cabarés decadentes da vida...
Vida...
Já não me importa mais essa zona social
Já não me importa mais o tal do urbano caos
Nem o interesse de suas classes insignificantes
Ou quem tem dinheiro ou não pra dar...
Pois no boulevard das ilusões
O quê não faltam são corações partidos
Dormindo nas sarjetas imundas dos cabarés...