Voa a folha ao vento e cai
onde os pés juntam no chão
Nos bancos da praça,
três pares e meio e uma solidão
Voa a folha ao vento e cai
onde os pés juntam no chão
Nos bancos da praça,
três pares e meio e uma solidão
Deslocado, se levanta,
e segue em frente
Cruzando gente,
vê a outra ponta do cordão
Livros e fotos se cruzam no ar,
vendo as marcas do estrago que há
Um olho traz um sorriso e um beijo
e a vida sempre de volta ao lar
Passear pela cidade
sem hora pra voltar
Um par de coisas simples,
com um par, é amar
Mas, nas ruas que se perdem os carros,
voam os pássaros, se desfazem os nós
e voltamos a andar sós
Vendo as memórias estáticas do ontem que se foi,
abandona o lugar onde antes tinham dois
E, sem saber, vai encontrar o que não queria:
alguns quadros e uma sala vazia
Se perdem novamente na multidão
E, após alguns passos perdidos,
o acaso sagrado confirma o fato
e o que é a não-solidão
Mas, nas ruas que se perdem os carros,
voam os pássaros, se desfazem os nós
e voltamos a andar sós
"Não esquece o guarda-sol,
que é pra não duvidar que eu quero te acompanhar
ate quando a gente for feliz"
Mas, nas ruas que se perdem os carros,
voam os pássaros, se fazem os nós
e voltamos a andar a sós