Abrindo os olhos de noite
Só encontro luas cheias
Conversando com meu rancho
Tão sedento das estrelas
Silêncio é flauta de um grilo
Nestas horas que eu reflito
Tenho sol o dia inteiro
Tenho estrelas no infinito
Encanto é berro de gado
No campo aceso em fragrância
E uma estrela me amadrinha
Pr'eu me encontrar na distância
O tordilho que eu navego
Na maresia das horas
Relincha pra mesma estrela
Porque tem alma de auroras
Esse lume de olhos claros
Me acorda os rumos da poeira
Boiando em águas do céu
Apelidou-se "boieira"
Quem sabe a ultima china
No adeus a vida tropeira.