Tuas palavras chegaram como vento
Tão depressa, pôs tudo em movimento
Teu riso frouxo sempre me desarmou
Eu esqueço até quem eu sou
É tudo intenso um tanto quanto vulgar
Mas não me importo, eu te entendo no olhar
Faço tudo revirar
Num circo de palavras e nenhuma a explicar
Que não há, muito que esperar
Não ser por não ser
Não estar por estar
Vejo além, pelas esquinas, contramão
Tanta gente, tantas ruas vêm e vão
Foram anos sem notícia ou um olhar
Não há motivos ou razão pra complicar
E não há, muito que esperar
Não ser por não ser
Não estar por estar
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