Vai, madrugada
Vem, alvorada
E no meu pensamento
Imagens sonhadas
Jogadas ao vento
A luarada, a invernada
E a saudade matando
Rasgando meu peito
Pegando de jeito
Queimando
E como um grito de guerra
Que sai lá do fundo da terra
E vai me levando
Um cheiro de mato bem forte
Vem pra selar minha sorte
E vai me levando
E a alma sertaneja
Esse coração selvagem
Chão, poeira, pé na estrada
Que saudade que me dá
Minha alma sertaneja
Mais parece uma ribeira
Carregada de saudade
Sem ter onde desaguar
Sou passarada
Onça pintada
Sou filho do campo
Ao longo da estrada
Sou relva molhada
Chorando
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