Rasga esses versos que eu te fiz, amor
Deita-os ao nada, ao pó, ao esquecimento
Que a cinza os cubra, que os arraste o vento
Que a tempestade os leve, aonde fôr
Rasga-os na mente se os souberes de cor
Que volte ao nada, o nada de um momento
Julguei-me grande pelo sofrimento
E pelo orgulho, ainda sou maior
Tanto verso já disse o que eu sonhei
Tantos penaram já, o que eu penei
Asas que passam, todo o mundo as sente
Rasga dos meus versos! Pobre endoidecida
Como se um grande amor, cá nesta vida
Não fosse o mesmo amor de toda a gente