Meu coração se espalhou pela avenida
Puxado pelos cavalos da força do meu baião
E nessa noite de fogueira no asfalto
O olho pisa em estilhaço reduzindo a solidão
Vai saudade vai matar o cão
Vai saudade vai matar o cão
Se alvora o homem na linguagem da saudade
Pela cidade só encontrei ilusão
Terno de espinho já provei, em mim não cabe
Não sou o rei, muito menos Dom João
Vai saudade vai matar o cão
Vai saudade vai matar o cão
Se é pra torá o rabicho das alpercatas
Eu vou no seio da mata e canonizo Lampião
Boto estilo no xaxado da Volante
Vou derramar a saudade no coito do meu sertão