Xiruazita encantadora, deusa das plagas sulinas
Inflando as rubras narinas qual uma pricesa moura
Morena que o sol pampeano bronzeou com tanta ternura
Tens a graça e a doçura de um interlúdio cigano
Mescla de deusa e charrua em cujos olhos flutua
Um lampejo aveludado aquele brilho sagrado
Que a noite roubou da lua
Como se o velho minuano num misterioso atropelo
Viesse rumbeando o sinuelo do teu olhar que seduz
Bordar estrelas de luz na noite do teu cabelo
Mas perdoem a quem canta
Com tão pouca inspiração
E que bota o coração
E a alma pela garganta!