Não arrepare no meu jeito companheiro
Pois sou campeiro e tenho muito prá contar
Trago no lombo muita vida e pó da estrada
E este meu jeito todo taura de chegar
São meus arrimos o improviso e a cantoria
E de adorfia um pingo xucro prá lidar
Sobre os arreios sou pachola nas carona
E as redomonas varam léguas prá me olhar
Bem do meu jeito gauderiando por vontade
Sou bem assim não pensem que é vaidade
Meu pensamento corre solto nos potreiros
Pois sou parceiro de tudo que Deus me deu
Vago solito outras vez acompanhado
Lá no passado há um amor que se perdeu
Se quando canto trago entono de monarca
É por fuzarca por favor não leve a mal
Guardei a tarca prá esquecer de conta o tempo
Sou como o vento vou de manso a temporal.