Trabalho os dias
Com a mesma febre
De um pintor
Minimalista
Meus olhos
Salpicados de realidade
Esplendem uma ponte
Calma de esperança
E horror pra lá
De um horizonte
Disforme ainda
E eu amo o céu
Que não se situa
O necessário pássaro
Que pressente
Suas asas
Na cage d' amour
No fio do anzol
No vazio macio
E inescapável
De um anjo
Vestido de azul