Eu sou algodão olha a ordem
Cercado em flor de andu
Na imensidão colina
Um rasgado céu azul
Toquei viola cantei
Pra receber elogio
Corri no sol sem chapéu
Fiquei sem roupa no frio
Fiz muita gente sorrir
Matutei o coração
Arriei os aribé onde comerão o pirão
Andei tudo me cansei
Precisei mudar estrada
Na conquista das estrelas
Ai ai meu Deus adeus madeira encarnada
Ie rerere rere
Malagueta madura no pé
Jurubeba jiló pra você
Olha o fogo queimando a morada
Olha o índio querendo viver
Malagueta madura no pé
Jurubeba jiló pra você
Olha o preço subindo amargando
Olha o povo querendo comer
Ie rerere rere
Seu moço desligue motosserra
Aroeira precisa respirar
Fumaça escurece araruna
Na poeira não canta o sabiá