Eu que tangi teu asco, pescador
Embora não tenhas visto o que ficou
O que eu vim contar, eu não vi
O que eu perguntar, eu já sei
Medo do mesmo
Eu não vou mudar, eu não vou cansar
Eu protegi teu casco sonhador
Posto que o sonho é finito e sem pudor
E as estrelas são bitucas de cigarro
Não me venhas mentir o que sonhou
Medo do mesmo
Por que andar se sabes dançar?
Por que calar se sabes cantar?
É preciso ser peixe, pescador
Antes de partir outro rasgo
Traz a fim da alegria a quem ficou
E a certeza que o mar são teus braços
É preciso ser peixe
É preciso ser peixe