Seu "doutô", os nordestinos têm muita gratidão
Pelo auxílio dos sulistas nessa seca do sertão
Mas "doutô", uma esmola a um homem aqui é "são"
Ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão.
É por isso que "pidimo" proteção a "vosmicê"
Homem por "nóis" "escuído" para as rédias do "pudê"
Pois "doutô" dos vinte estados temos oito sem chover
Veja bem, quase a metade do Brasil tá sem "cumê".
Dê serviço a nosso povo, encha os rios de barragem
Dê comida a preço bom, não esqueça a "açudage"
Livre assim "nóis" da esmola, que no fim dessa estiagem
Lhe "pagamo" "inté" os "juru" sem gastar nossa coragem.
Se o "doutô" fizer assim salva o povo do sertão
Quando um dia a chuva vir, que riqueza pra nação!
Nunca mais "nóis" pensa em seca, vai dá tudo nesse chão
Como vê, nosso destino, "mece" tem na vossa mão.
Seu "doutô", os nordestinos têm muita gratidão
Pelo auxílio dos sulistas nessa seca do sertão
Mas "doutô", uma esmola a um homem aqui é "são"
Ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão.
Mas "doutô", uma esmola a um homem aqui é "são"
Ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão.