Num Retiro de uma fazenda, vivia com minha
família.
Num quintal uma bica d'água, caindo sobre uma
forquilha.
Orquestrando os mistérios da noite, alguns
bichos em sinfonia.
Irrigava os nossos sonhos, até o amanhecer do
dia.
Acordava com o galo cantando, bezerros berrando no
galpão.
E alí no curral do Retiro, tirávamos
leite pro patrão.
Depois, eu e papai saíamos, procurando folhas e
embira.
Para amarrar o Ranchinho, da nossa Roça
caipira.
(Refrão)
Saudade tá me matando, de tristeza me refiro,
às vezes que estou lembrando da Casinha do Retiro. As
lágrimas vão rolando, no travesseiro,
suspiro, às vezes que estou sonhando, com minha
infancia no Retiro.
bis...
A Roça era distante, mamãe mandava o meu
irmão.
Trazer no cavalo troteiro, o almoço num
caldeirão.
E já dentro do Ranchinho, propícia era a
estação.
Ao cantar dos passarinhos, benvinda era a
refeição.
(Refrão) Saudade tá me matando....
E alí no sol mês inteiro, eu esperava com
alegria.
A fartura da colheita, do Patrão e da minha
família.
Então com a banca e a lona, cutelos e sacos de
linho,
Colhíamos o nosso ARROZ e guardava no
Ranchinho.
E alguns dias depois, usando o Carro de Bois,
levávamos tudo pra Casinha.