Meu ritmo é tipico do brasileiro
Que desce pro morro, que vai pro batente que quer trabalhar
Na rotina do impossível passa o dia inteiro
Com a utopia de que tá tranquilo e que vai melhorar
O povo aqui de cima é tudo sofredor
Humilde, violento e até sonhador
E quase não percebe que não tem heróis
Tem gente lá embaixo que não presta não
Que oferece migalhas pela eleição
E o morro vai levando sem poder levar
E o funk na lata vai tocar
É meu batuque que faz com que o vai ligeiro
Da corda banca, do precipício, do satanás
E tudo piora se não tem dinheiro
Mas se tem muito jogo só corre risco quem corre atrás
O povo lá de cima é tudo sofredor
Humilde, violento e até sonhador
E quase não percebe que não tem heróis
Tem gente lá embaixo que não presta não
Que oferece migalhas pela eleição
E o morro vai levando sem poder levar