I
Passas-te por mim à uma;
Às seis de amor já te perdes.
Não dá bom fogo a caruma;
Dos pinheiros que estão verdes.
Não queiras tomar sabor;
Às mágoas do coração.
Um só desgosto de amor;
Amarga mais que um limão.
Ceifeiras que ceifastes,
Nos verdes trigais;
Com que tristeza alegre;
À volta inda cantais.
Em rancho, tal o rio,
Que não corre em vão;
A esperança que ceifastes,
É flor na vossa mão.
Ii
Sou do povo não me iludo;
Sou de pequena semente.
Olha que o trigo miúdo;
Mata a fome à muita gente.
Em noite de ventania;
Falámos os dois sem medo.
Agora o vento assobia;
O que era o nosso segredo.
Ceifeiras que ceifastes,
Nos verdes trigais;
Com que tristeza alegre;
À volta inda cantais.
Em rancho, tal o rio,
Que não corre em vão;
A esperança que ceifastes,
É flor na vossa mão.
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