Dá mão pro onibus lotado não queimar parada
Pra que tua presença seja sentida
Pra obstruir o curso, atrapalhar o horário
Desviar o itinerário
Dá mão e acena pro amigo que tá de partida
Ampara o camarada que cai na subida
Encobre aquela mancha que te dá vergonha
Algo que a sobreponha
Dá mão e vem dançar sem precisão
Dinamitar a solidão
Dinamizar o viver
Vem ver: garoa agora corta que nem canivete
E fica tão dificil caminhar adiante
Pelas vielas empoçadas de vaidade
Nubladas de maldade
Vem ver pra depois aplaudir de pé
Vem ver e acredite se quiser
Vem ver o flagelo da repressão
O fim de toda frustração
Pulverizar o poder
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