A minh'alma perdeu-se no rastro de um assovio
Que por ansiosa seguiu no rumo do pensamento
Foi numa copla do vento, milongueira e desmedida
E um sopro forte de vida bem donde nasce esse vento
É o próprio vento assoviando no arvoredo copado
Num laço de corpo armado, zunindo sob o chapéu
Sonoridades de campo, a ciência que a tarde entoa
É brisa mansa e garoa com melodias de céu
É brisa mansa e garoa com melodias de céu
O campo guarda sentidos
Em tudo que lhe renasce
Como se ainda buscasse
Topar algum desafio
Pois a alma desse vento
É quase a mesma que a nossa
E assim por nada se adoça
No simples de um assovio
Um assovio tem palavras na alma de algum galpão
Onde a quincha encontra o oitão pro vento fazer morada
Vive no canto do arame, no alerta dos ovelheiros
Nesses arroios tropeiros que andam perdidos na estrada
As vezes este assovio tem alma na sua essência
É um verso desta querência guardado pra ser liberto
E mesmo sem ter palavras lhes canta a voz da poesia
E renasce todo dia, quando o tem vida por perto
E renasce todo dia, quando o tem vida por perto
O campo guarda sentidos
Em tudo que lhe renasce
Como se ainda buscasse
Topar algum desafio
Pois a alma desse vento
É quase a mesma que a nossa
E assim por nada se adoça
No simples de um assovio