Um botão que não se abriu
Já bastou pra me enterrar
Mas a rosa que surgiu
Está presa em meu olhar
No silêncio que sobrou
Na poeira desse lar
No vermelho que restou
E na imensidão do mar
Um botão que não se abriu
Já secou um outro mar
Todo um mundo destruiu
Fez a luz se apagar
E eu espero em meu porão
Até a rosa me iludir
E um estranho dar-me a mão
E o espinho se partir
Mesmo que essa rosa espere
Sem possível salvador
O espinho sempre fere
Mas eu não sinto mais dor
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