Cotidiano
Rap que é o som tem que ser relatado, siga seu caminho, seu trajeto iluminado.
Quem nasce aonde eu nasci, já nasce condenado, passaporte pro caixão, um futuro ilustrado.
O destino de ladrão é ilimitado, depende de servente na favela eu to ferrado.
Essa é uma história muito indiscutível, me desculpa mano, mas também to disponível, as treta da favela eu não quero nem lembrar, só quero muita festa e muita mina pra azara.
Não sei de internet, não sei de abecedário, mas no streetbol ninguém me tira pra otário.
Armando uma jogada pra invadir o garrafão, pro time da favela a minha contribuição, anjo da meia noite uma fera indomável, o que fizeram com minha gente é indesculpável,
Venderam a miséria e cobraram nossas vidas, você já ta pagando quando acorda todo dia, sexta feira, ultimo dia da semana eu trabalhei todos os outros pra agora ta na boa, grana no bolso, só alegria, mas amanha infelizmente é outro dia.
Pexei o natan parado na esquina, uma pá de mano, e uma pá de mina, minha mente fértil, já funcionava, mulher mais dinheiro igual a toda a madrugada, mas decidi si pá da uma banda, eu mal cheguei a mina disse que me ama.
No escadão a quadrilha da fumaça, bota o refri que o álcool vem de graça, puxa o Beat Box que eu chego na rima, só os confirmado vão joga a mão pra cima, mano fica esperto na função, dos irmão, o mundo anda em crise olha que situação. Guerra, morte, droga., tráfico, no dia a dia eu vejo vários no embalo .
O que eu posso fazer se eu já to na merda eu ligo a TV e a noticia desespera, no vaticano a guerra santa me espanta abençoado é o mano que cai e se levanta, que não se interna não paga de drogado, é pros modinha arrombado, atrasado, o mundo anda e você para acorda fuma pedra e nem a cara lava, não tem apoio, não curte a balda, fica só lá no beco com esquero e uma lata.
Mano se tem que ver nós na correria, brilha a baia a bira e as mina, não falta nada é lucho alegria, neguinho dorme até meio dia e ainda xinga a mina.
É empolgante, é da boa, é da massa, eu não tenho nem um carro, mas apé também embaça um brilho no olhar, pulsa o coração, ela me chamando lá pro meio do salão, mas você não eu não acredito, o mundo do crack me levo mais um amigo, inimigo falador que acha que é o tal, quem cai sempre levanta na favela isso é normal, as mina pagam pau, pros preto original, que sobe aqui no palco e faz um rap nacional.
Poluição, corrupção, invasão, e ladrão, eu fico na paz, passando informação, agora eu já entrei e essa é minha trilha, eu não sô o apocalipse, mas meu rap salva a vida.
Me passa a cadencia que eu chego rimando, o escudo do rap, pode crê que eu vo levando, com muita moral, na roda de malandro, olha quem vem lá, é o Ng que é nosso mano, considerado, em todas as quebrada, nunca acreditando, em conto de fadas, aonde eu nasci, vence os mais fortes a paz é relatada, na ponta do revolver, eu não queria, eu juro que não, mas faze o que se é essa a situação.
Meu povo se humilha se trai, se mata, por causa de crack, e a porra da cachaça, mas que é contra levanta a mão, paz e alegria, pros irmão, dinheiro é bom e eu quero também, eu me visto de branco e vo no caminho do bem, sigo na moral tenho fé no futuro ao contrário desses manos que ficam em cima do muro, presta atenção, antes de pegar a caneta, eu falo a real, não perco tempo com besteira, a violência apavora, mulher e homem, de celular novo, mas em casa passa fome, ambição, traição, preconceito, não falo só de nós falo do mundo inteiro, ambição, traição, preconceito, não falo só de nós falo do mundo inteiro, ambição traição, preconceito.!