Nada é eterno, mermão
Hora de se despedir
O adeus da bola, a saudade que rola
Por que é sempre assim?
O dinho guardou de vez as suas botas
Aposentou o meião
Olha, pôs ponto final na sua história
Deu tchau para o esporte bretão
Sei que só irá sobrar nostalgia
Tudo logo vai embora, mas fica a magia
Magia pra vencer, mas com um quê de humor
Que você pode ver, se mostrou
Quando jovem ainda
Triunfo era um fato certo
E no riso de dentes tortos
Estava escrito esse sucesso
Irás brilhar feito um olé meteórico
Óbvio, dinho fez cumprir seu propósito lógico
Soberano de talento cósmico
Único, cada movimento era cirúrgico
Peço ao universo um verso aos pés do gaúcho
Sinta, o ronaldinho de tudo era capaz
De tanto brilho, foi aplaudido até pelos rivais
É o rei dos dibres que faz
Tudo o que quer e até mais, sai de perto
Vivi pra poder ver um craque fazer
Com sua magia o barça renascer
E o messi crescer
Contra o ney, na vila, fez a chuva e com nitidez
Me lembrei bem do galvão em transe
Olha o que ele fez
É, seu começar tem base no salão
E no tricolor ele se pôs de pé
Lutou pra libertar
O galo, classe e vibração
Levou o barça ao topo onde mundo inteiro quer
Pôde encantar a nossa seleção
Sempre com sorriso e samba no pé
Categoria para ser
Um pentacampeão
Duas vezes o melhor do mundo, o que é pouco até
Dibrador, moldava suas jogadas como um escultor
Ele e a bola era relação de amor
O impossível podia criar
Dibrador, que emociona independente do que for
Idade, clube, credo, classe ou a cor
E tudo parava pra ver o craque jogar
E nos deixar sem ar
Tão leve que em seus dibres parecia dançar
O seu cabelo longo e o sorriso a brilhar
Com seu gesto inconfundível se fez eternizar
Toda vez que você
Recebia a bola o gol já era fácil de prever
E a cada vez que ele não veio a acontecer
Até o destino decidiu se arrepender
Ô ronaldinho, que saudade de você
O olhar pro lado, o famoso toque sem ver
Valeu, oh Deus do olé
Eu vou saudá-lo até já não mais poder
Valeu, oh Deus do olé, sempre a sorrir
Em campo foi um super-herói
Um bruxo a encantar
Palmas pra ronaldo de assis, talento-mor
O tempo é quem vai guardar a mágica que eu vi
Valeu, oh Deus do olé, sempre a sorrir