O santo que deu fim à humildade
Beatificado pelo ódio
Neo-liberal como uma Ferrari
Em frente ao Vidigal
Amém Calibre 12
Me ensinaram o que querer mas não disseram como ter
E agora os mesmos olhos que pediam
Vão descer, para exigir, para exigir
E não serão mais complacentes
Fazendo vítimas do outro lado da avenida
Mas dessa vez serão brancas bem-nascidas para ganhar nitidez
Porque o resto caiu, levantou, caiu, levantou de novo
E escorreu nos jornais que só quem é pobre leu
Faz os seus devotos desde os 12
Consumo, consumido, consumado
Serão medo, mas nunca respeito
Incendiando o seu próprio morro
Amém Calibre 12
Porque o poder alucina em qualquer canto
Porque o poder alucina em qualquer canto
Tão paralelo quanto
Tão paralelo quanto
Escutas telefônicas ilegais e outras manipulações
Pois na boca o mundo beira Beira-Mar
Mas ninguém entende o A.C.M.
E é quando o santo maldito surpreende e sai fora de repente
Porque só bandido pobre morre cedo
Só bandido pobre morre cedo
E nunca é tão cedo pra morrer pobre só
Mas é tarde demais para explicar
Que pra você até o céu é dividido em castas
O sonho termina na vala comum
Calado por um novo absurdo
Adeus Calibre 12, adeus Calibre 12
Essa disputa vai ter sangue
Que vai molhar da cabeça aos pés
Essa disputa vai ter sangue
Abalando a confiança dos fiéis