Maquiavelicamente falando.
Isso aqui truta não é ritmo rima ou poesia.
E apenas um sentimento conspirando.
Contra a força bruta das palavras e dos refrões.
Eu vou do por do sol que brilha pela manhã.
Da morte que ronda o e persegue o povo da favela.
Das noites frias e traiçoeiras como a sombra.
De um cachorro louco em noites de lua cheia.
Em dias de chuvas as ruas enchem de lama.
No verão o calor faz a terra transpira.
Cheiro de esgoto e odor de algo morto.
Mais deus é o juiz e diante dele eu sou o réu.
O sol brilha pela manhã e o arco-íres confirma.
Mais uma aliança entre a terra e o céu.
A terra treme ao som de crianças brincando.
A rua é só alegria futebol pipa no céu.
Nascer, crescer e morrer esse é o circulo da vida.
Mais aqui, aqui na favela fomos esquecidos.
Entre gambiarras e barracos construídos de madeirite.
O sonho é uma ilusão que se alimenta da esperança.
Mais tente acordar e vera que tudo ao seu redor se torna real.
A mente do ladrão trabalha por ambição e ganância.
Mais seu coração e carente cheio de sonhos e inocência.
O olho do rico enxerga o poder e o conforto.
Vive sempre de escândalo e o coração podre.
Maquiavelicamente falando paulysta.