Ai, ai meu Deus que saudade de um feijão
Com lingüicinha, paio e orelha de leitão
Feijão assim há muito tempo não se vê
Pelas panelas da grande população
A enxada magra é o perfil deste sertão
E a poeira, mãe na seca estação
Vertigens claras, obscuras pela história
Sede de vida na faminta solidão
O velho feijão tropeiro
Tutu de feijão mineiro
Feijão dos velhos escravos
Hoje tão ralo e tão caro
Feijão com arroz, meu amigo,
Tornou-se um prato vazio
Povo cansado e sofrido
Canta Feijão de Bandido
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