Facção Central - Sem Limites Lyrics

No dia dos pais ela queria mandar uma carta bomba,
Espalhar fragmentos de ossos na casa toda.

Um animal por instinto protege seu filhote,
Sozinho enfrenta os leões, a matilha de coiote.

É de manhã e o cartoon vai virar psicose,
Basta a mãe sair pra trocar lençol gozado de hóspede.
Tem quem fura o transvalor, corta a mão do executivo,
Vende na chuva biscoito de polvilho pelo filho.
Faz bolha no pé deixando seu currículo, por um sorriso termina seus dias num presídio.
Só que o tema não é bravura, é perversão, covardia, pedofilia,
Que a psiquiatria aponta como patologia.
Sou mais o laudo carcerário, 213 arrombado,
Que amanhece com um rodo atolado no rabo.
No pescoço marcas de estrangulamento, cérebro ingênuo,
O depoimento não será aceito em julgamento.
Não entende por que quem deveria ser seu protetor,
Te asfixia com cobertor, age como jack estripador.
Não entende por que a mão que te deu mamadeira um dia,
Tira sua calcinha, acaricia suas partes intimas.
Abre suas pernas, profana seu corpo, talvez a infecte com uma doença, a obrigue fazer aborto.
Mais uma vez guarda segredo com medo da ameaça,
"Se abrir a boca eu mato sua mãe quando ela chegar em casa".

Pai se pudesse eu te presenteava,
Com seu coração batendo numa caixa,
Violentou meus sonhos, meu mundo colorido,
Hoje eu queria era brincar de te enterrar vivo.

Hora de festa é quando a cadeia vira,
Cusão que abusa de criança come a própria tripa.
Passa lápis batom, pinta as unhas pra não morrer, vira moça e casa de véu e buquê.
O rádio no volume alto abafa os gritos,
Impede a disque denúncia dos vizinhos.
Da maneira que a polícia estupra, traveco, prostituta,
É capaz que eles chegassem com camisinha pra suruba.
O ramo hoteleiro oferece no pacote de viagem,
Virgem de 9 como vantagem na hospedagem.
O aliciador recruta crianças pra festa do político,
Regada a crack, sexo gravado em vídeo.
Num click o mundo pornográfico no computador,
Menina violentada ao vivo no seu monitor.
Hoje ela tem 8, desde 5 o martírio, desistiu do coquetel tarja preta pro suicídio.
Decidiu contar pra mãe, que seu pai morto ou preso,
Quer sua saliva de bêbado no pau de algum detento.
"Piranha é mentira, soco, arranhão na cara, pega suas roupas sua puta e sai de casa".
Vai bater na porta de quem tirou sua virgindade,
O exemplar de maníaco do parque teve mais credibilidade.
Sozinha, na rua, agora só um milagre evita o curso natural streep tease na boate.

Pai se pudesse eu te presenteava,
Com seu coração batendo numa caixa,
Violentou meus sonhos, meu mundo colorido,
Hoje eu queria era brincar de te enterrar vivo.

Tio tem uma moeda? qualquer coisa?
"Quer dinheiro filhinha, entra no carro e tira a roupa".
Pra quem encenava butman com o pai biológico,
Um real pelo corpo é mó negócio.
Perfume forte, maquiagem, saia justa, a estação da luz, tem mais uma prostituta.
Na cotação do cafetão criança é mercadoria fina,
5 programas por dia, por cama e comida.
No hotel ela entra sem documento facilmente,
Transa sem preservativo a pedido do cliente.
Se fosse virgem tinha sido traficada pra bolívia,
Pra boate que vencer o leilão a escravizar por toda a vida.
Métodos anticoncepcional não conseguiu aprender,
Só abrir as pernas e matar o feto com uma agulha de crochê.
Fez 16 é veterana não tem mais vaga no prostíbulo, soro positivo, mais de caráter limpo.
Comparada a puta da playboy, a puta do big brother,
A puta que dança axé com a bunda saindo do short's.
A puta que dá pro empresário em troca de desfile e depois
Paga de modelo no são paulo fashion week.
Perdão um caralho mãe, não vou curar seu remorso,
Te deixo o fim do meu sistema imunológico.
Se ela encontrasse o gênio da lâmpada só faria um pedido,
Ver quem ceifou sua infância enterrado vivo.

Pai se pudesse eu te presenteava,
Com seu coração batendo numa caixa,
Violentou meus sonhos, meu mundo colorido,
Hoje eu queria era brincar de te enterrar vivo.
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