Facção Central - Estrada da Dor 666 Lyrics

(Dundum]
Na minha infância quis um kart e não tive nenhum.
Só boy vira piloto de Fórmula 1.
Todo pivete quer ser bombeiro, eu tinha outro sonho,
catar o vigia da Preserva recarregando o caixa eletrônico.
Não usei minha inteligência em prol de nenhuma empresa,
só pra pra pôr microcâmera pra gravar sua senha.
Deixar a vítima surpresa no telefone:
''Seu saldo disponível é zero'', perfeição no clone.
Detonei a dona da joalheria com explosivo,
fiquei dois anos aguardando o julgamento no distrito,
Pra ver que não dá lucro, o magnata viúvo,
chorando de Bulgari, óculos escuros.
Não valeu perder os dentes no taco de beisebol,
choque no pinto, matar por um banho de sol,
Ser quase extorquido pelo bolo podre da carceragem
que inventa dívida pra te matar na crocodilagem.
É raro ter eu no crime com sítio no bairro elegante,
com esconderijo subterrâneo ou com foguete antitanque.
No crime o prêmio é ser mais um defunto apodrecido,
outro relatório na prancheta do perito.
Não quero parente no IML atrás de mim,
nem minha mãe vendo o meu caixão e achando que foi melhor assim.
Tô pendurando a carabina e a granada holandesa.
Tirei meu carro da Estrada da dor 666
Na estrada da dor é só caixão descendo nas cordas
Na estrada da dor é só necropsia, ROTA, sangue e vítima morta

Ninguém mete um B.O e se regenera com lucro,
termina com um PM vigiando no muro.
O ciclo vicioso corrói sua alma.
''quanto mais dinheiro entra mais eu compro arma''.
Sempre pensando na planta do plano seguinte,
se a porta do cofre cai no maçarico ou na dinamite.
A banca quer pro baile no peão do sábado
virou uma caixa de sapato de santinho guardado.
Devia ser exemplo o papelão do caixão preto,
o trator te levando pra cova de qualquer jeito.
Mas a sempre a gente pensa na nossa vez é diferente,
''Eu vou entrar, matar o gente e sair livremente'.'
Queria imitar o Michael J. Fox no De Volta Pro Futuro,
voltar no tempo e evitar muita dor e luto.
Campo minado de ato covarde,
outro paraplégico por um par de Nike.
No passado: baralho, banco imobiliário,
hoje é recurso pra segunda instância no judiciário.
Na rua não quer ser a mão de obra barata,
pra no X ser a mão que faz bola de graça?
Quê que adianta seu fuzil, relógio de platina,
se nem por milagre chega a 25 de vida?
Mesmo o rico pedindo um punhal cravado na cabeça,
vou pro desvio da estrada da dor 666
Na estrada da dor é só caixão descendo nas cordas
Na estrada da dor é só necropsia, ROTA, sangue e vítima morta

Quanto vale seu Honda Civic equipado
na garagem do seu advogado?
Dinheiro de crime é maldito, fruto de desgraça
vem com a cara do diabo na marca d'água.
Que porra de quadrilha? Que mano lado a lado?
Ó o seu parceiro no tático com o dedo apontado
Ó a sua coroa no ponto sozinha
pedindo carona pro motorista pra te fazer visita.
Quando seu corpo tiver se decompondo no matagal
não espera sequer um cu te cobrindo com jornal,
Vão correndo dar os pêsames pra sua viúva
pra xavecar arma, bombeta, morto não usa blusa.

De Mustang Madison, 32 tiros,
todas vacas dão o rabo, pegam senha pra ser seu amigo.
Mas na UTI entubado, cadê sua gangue?
Nem a puta que falou te amo vai doar sangue.
O jogo é claro, sanguinário, objetivo,
ou você é escravo de um patrão ou um número no presídio.
A única coisa de valor é sua liberdade,
não deixa pra ver tomando facada atrás das grades.
Não tem preço ver as crianças brincando na praça,
por mais humilde que seja poder voltar pra sua casa.
O crime é a Estrada da Dor 666,
é um filme de terror dirigido pelo capeta.
Na estrada da dor é só caixão descendo nas cordas
Na estrada da dor é só necropsia, ROTA, sangue e vítima morta
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