Me lembro bem da casa na esquina
Se lembra quantas peripécias no jardim
A nossa pele ainda tenra
Os nossos pés sujos de terra
Onde eu irei reencontrar seus olhos meus?
Se eu te encontrasse na clareira
Talvez então você dissesse sim
Sua palavra derradeira
O meu amor viaja além de mim
Essa verdade ecoa em tom de oração
E quando novamente a velha casa
Nos recebesse em seu tapete de jardim
A nossa cara então madura
Em nossos pés semeadura
Para brotar na nossa estrada o coração
Talvez exista numa das roseiras
A seiva, a pulsação que leve ao peito seu
Devo deixar a flor intacta?
Devo ofertar as pétalas ao tempo?
Será o amor clausura ou libertação?