O inimigo puxa o bonde
Rumo a dois do onze
Quem tá com ele vai
Quem não tá então se esconde!
Tô cansado de ver
Os muleque embora cedo
Fruto do sangue no olho
E mostra que não tem medo
Pai trancado, mãe doente
Muleque com nada na mente
Se ver na vida do crime
Mais um sobrevivente
Cadeia é um lugar
Que se diz restauração
Pra mim é uma merda
Pra verme é uma mansão
Muitos estavam preso
Volto e não mudou nada
Sua mãe chorou com as tranca
Chora mais com essa data
Dois do onze
O dia que chora toda família
A flor sobre o caixão
Sem festa sem alegria
Com dor e com lamento
Sem pai, uma ferida
Viu o futuro do crime, ilusão
Pagou com a vida
Fica a lembrança de criança
Crescendo no veneno
Contrariando a estatística, não não
Tudo morrendo
Tudo se perdendo
Primeiro de janeiro
Um brinde ao ano novo
Avisa o coveiro
Tá chegando mais um corpo
Preto ou branco
De rico ou de pobre
Te uns que antecipa
E outros fogem da morte
Quantos muleque eu vejo
No crime animado
Que vende umas parada
E na cinta tá trepado
Depois vem a notícia
Já era um vida loka
Amanheceu no mato
Com vários tiros na boca
Seu pior inimigo
Vem de dentro de você
Que não se importa com a sua mãe
Nem com o barulho da P.T
Que atravessa seu coração
Te deixa sem condição
Seu coração furado
Da sua mãe na mão
Desde criança
Sonha com o futuro
Mais sua realidade
Seu filho caído atrás do muro
É triste ver
Uma base arrancada
Destino traçado
Família desconfigurada
No olho da sua mãe
Eu já vejo uma tristeza
Família reunida
Só falta você na mesa
Lembrança tá no quarto
No seu porta retrato
Também naquele mato
Que seu corpo foi achado
Só foi reconhecido
Pelos dente que sobrô
Naquele exame
Igual filme de terror
A quebrada chora
Por mais um vagabundo
Que joga o futuro fora
Sem história nesse mundo
O crime não é brincadeira
O papo é sério
Se der mole o seu aniversário
É no cemitério
O crime não é brincadeira
O papo é sério
Se der mole o seu aniversário
É no cemitério
O crime não é brincadeira
O papo é sério
Se der mole o seu aniversário
É no cemitério
O crime não é brincadeira
O papo é sério
Se der mole o seu aniversário
É no cemitério
Ai paro e penso
Do que vale carregar
Por nove mêses na barriga
Um futuro que não vai chegar
O mano para e pensa
O diabo, logo atenta
O facassado não aguenta
E a adrenalina aumenta
Pega aquela arma
No fundo do armário
Mete a fita no mercado
E deixa o dono baleado
Depois é perseguido
Futuro de bandido
Que deixa Deus de lado
E o inimigo como amigo
Pode crê mulecada
Que cêis é os malandrão
Que trafica mata e rouba
E admira os patrão
Sua mãe não vai gosta
De ganhar TV roubada
E nem de ver seu filho
Furado por uma faca
Eu sei que o malandro
Que vive na correria
É aquele que rala
Pra ver o sorriso da família
Não sei se cê prefere
Chegar do trampo cansado
Ou passear de blazer
Apanhando dos safado
A.R.C manda a letra
Pros muleque ficar ligado
Seu dia é todo dia
Menos dia de finado
A.R.C manda a letra
Pros muleque ficar ligado
Seu dia é todo dia
Menos dia de finado
O crime não é brincadeira
O papo é sério
Se der mole o seu aniversário
É no cemitério
O crime não é brincadeira
O papo é sério
Se der mole o seu aniversário
É no cemitério
O crime não é brincadeira
O papo é sério
Se der mole o seu aniversário
É no cemitério
O crime não é brincadeira
O papo é sério
Se der mole o seu aniversário
É no cemitério