Se, um dia, a poesia me sumir da veia
E o senso das metáforas morrer no ar,
Terei a sensação da alma que incendeia
E o grande mal dos loucos que não podem amar
Terei que proibir-me do reggae e de ti,
Na introspecção, mergulharei de cara.
Me esconderei dos sonhos, perderei a tara
E, se me perguntarem, direi que morri.
As cordas do ovation irão rebentar!
A voz, presa no peito, fraca, calará.
E os mal tocados tons, logo, vão se esquecer
E, quando me lançares ares de piedade,
Me esconderei de mim, ante a cruel verdade,
Serei a sepultura do meu podre ser.