Por mais que eu espere que
as pessoas beijem os seus próprios céus
Nunca irei desistir de acreditar que todos possam enxergar
que a pureza ainda vive depois
Não quero me animar
porque encontrei uma luz que me usurpou
Quero levantar
Não posso imaginar que o mundo mudou
Desde que a poesia acabou
Eu quero o meu céu
Sem núvens de fel
O que importa é viver
É amar, é crescer
E nada vai me fazer sucumbir
Eu quero o meu céu
Sem núvens de fel
Nada mais fará ser
O que não há porquê
E a beleza ainda vai persistir
O que de mais belo existe
Um sorriso sonhador
De um coração tão puro
E o pulso acelerado
Por ter a subversão
De ousar amar os olhos sem razão
Eu quero o meu céu
Sem núvens de fel
A loucura de ter
Sempre que esconder
A verdade que levo até explodir
Eu quero o meu céu
Sem núvens de fel
Nada mais fará ser
O que não há porquê
E a beleza ainda vai persistir
Eu quero o meu céu
Eu quero o meu céu...
Eu sei a ferida que causa essa dor que cega e amedronta
É fruto de outra insegurança bem maior
O âmago é corrompido pela vaidade
dos tão sãos
e tão vãos...