Você, não precisa ler
Em revista ou jornal pra saber
Quando não mais existir
Mais miséria nem dor, nem a pista de um salvador
Só então tudo vai ficar tão claro
Como num filme cheio de clichês
Todos, implorando mais um segundo
Mas o relógio não existe mais
Um asteróide indo em sua direção
Uma bomba atômica rumo ao seu coração
Quando o último pôr-do-sol, apontar no céu
Vai achar que ainda há tempo
De enxergar o que não previu
Bem diante do seu nariz, programar um final, mais feliz
Não faltarão cenas tristes
Desenhadas e expostas no último funeral
Vai então parar e rever
Todo mal que causou, tudo fruto do seu rancor
Quando o último pôr-do-sol, apontar no céu
Vai achar que ainda há tempo
De enxergar o que não previu
Bem diante do seu nariz, programar um final, mais feliz
No início éramos tão tímidos
Não tínhamos tempo nem pra conversar
Mas em pouco tempo, estragamos tudo e acumulamos nosso pesadelo
Nos acostumamos a não fazer nada
Nos habituamos a nos culpar
Quando o último pôr-do-sol, apontar no céu
Vai achar que ainda há tempo
De enxergar o que não previu
Bem diante do seu nariz, programar um final, mais feliz