Duêmio, guilherme silva e paulo marques
Vi uma senhora debruçada na janela,
Parecia ter com ela uma tristeza sem fim
Me aproximei, tentando lhe distrair,
Não pude vê-la sorrir, contando a vida prá mim
Diz que já foi no passado môça bela,
Olhando agora prá ela, não parecia ser assim
Muito abatida, judiada pelos anos,
Parei e fiquei pensando no que o tempo faz, enfin.
Notei que ela uma foto contemplava,
Porém, não me mostrava, com vergonha pode crer
Tanto insistí, que acabou me mostrando,
Amarelada pelos anos, mas, ainda pude ver:
Como era linda, quando nova de verdade
Cheguei á realidade, comigo também vai ser
Eu disse á ela, bem feliz é a senhora
Que saudável, ainda agora. tudo pode me dizer.
Não se envergonhe desta foto tão bonita,
Que guarda como relíquia de um passado tão feliz
Com tal virtude, poder falar do passado
Me sinto emocionado, ouvindo o que voce diz:
Pois como á todas, deve ter sido vaidosa,
Tão linda, quanto uma rosa, devia ter sido miss
Me emocionei com sua revelação,
Não chorei de emoção, porque muito esforço fiz.